O grupo esteve em Roma, Turim e Milão, onde conversou sobre a possibilidade de realizar ações colaborativas em áreas como a de energia, de sustentabilidade e de produção de alimentos e medicamentos, além de programas nos setores de inteligência artificial e suas aplicações e de robótica
Autoria TOTE NUNES Edição de imagem ALEX CALIXTO Fotografia DIVULGAÇÃO
Liderada pelo reitor Antonio José de Almeida Meirelles, uma delegação da Unicamp iniciou uma série de conversas para estabelecer parcerias com universidades e distritos de inovação italianos. O grupo esteve em Roma, Turim e Milão, onde conversou sobre a possibilidade de realizar ações colaborativas em áreas como a de energia, de sustentabilidade e de produção de alimentos e medicamentos, além de programas nos setores de inteligência artificial e suas aplicações e de robótica.
“Consideramos que essa foi uma missão muito bem-sucedida no esforço que estamos empreendendo para ampliar a inserção da Unicamp nas redes internacionais de colaboração”, disse o reitor. “Viagens como essas são fundamentais para que a Universidade possa avançar em sua estratégia de internacionalização”, acrescentou.
“Vale ainda destacar não só o aprofundamento de nossas relações com as principais universidades italianas, mas o contato aberto com distritos de inovação, oportunidades essas possibilitadas pela Embaixada do Brasil na Itália, nas pessoas do embaixador Renato Mosca e da chefe do setor de Ciência e Tecnologia e Cooperação Educacional, Fernanda Rocha Soares dos Santos”, complementou o reitor.
Participaram da missão o professor Ricardo Miranda, diretor do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (Imecc), a diretora associada do Instituto de Computação (IC), Esther Colombini, o coordenador de pós-graduação da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF), Marcelo Lancelotti, e a diretora associada da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA), Ana Silvia Prata. Também compuseram a delegação Rafael Dias e Ludmilla Pioli, respectivamente, assessor e assistente de cooperação internacional da Diretoria Executiva de Relações Internacionais (Deri), além da assessora da Pró-Reitoria de Pesquisa Angela Christina Lucas.
“A realização dessa missão na Itália se dá no contexto de um projeto estratégico desenvolvido pela Deri, com o apoio da CGU [Coordenadoria Geral da Universidade] e que busca reposicionar a Unicamp em redes internacionais de colaboração de ensino pesquisa e extensão”, explicou Dias.
“Buscamos em especial reativar conexões que se fragilizaram por conta da pandemia [de covid-19], buscamos novas parcerias nas quais vemos possibilidades de colaboração e na quais esse potencial ainda não se realizou, além de imprimir um caráter mais institucional às ações colaborativas que eventualmente existam no contexto de parcerias individuais entre docentes e pesquisadores”, acrescentou. Dias afirmou ainda que, com essa viagem à Itália, a Deri conseguiu fechar o círculo e envolver todas as 24 unidades de ensino, pesquisa e extensão da Unicamp.
Estabelecimento de parcerias
A viagem da delegação brasileira começou com uma visita à Embaixada do Brasil em Roma. Em seguida, o grupo visitou o Conselho Nacional de Pesquisa da Itália, quando foram abertas negociações para o estabelecimento de parcerias. Ainda na capital italiana, os representantes da Unicamp visitaram a Universidade de Roma Tor Vergata e a Universidade Roma Tre.
O grupo conheceu em seguida a Universidade de Turim (Unito) e a Escola Politécnica de Turim (Polito). Em Milão, a missão esteve na Escola Politécnica (Polimi) e na Universidade de Milão (Unimi). A equipe da Unicamp compareceu ainda aos distritos de inovação Kilometro Rosso, situado em Bérgamo, e no Mind (Milano Innovation District), localizado nas cercanias de Milão.
“Com essa missão, pontos de colaboração foram identificados com todas as universidades visitadas, o que certamente resultará em uma rede mais institucionalmente estabelecida por meio de duplos diplomas e ações de colaboração ao nível de pós-graduação de cotutela. Chegamos a muitos pontos comuns entre nós, mas também a pontos a fortalecer e que nós gostaríamos de desenvolver”, disse Prata.
“Avalio que a visita às universidades italianas foi muito importante e será muito produtiva para o Imecc. Foi possível conhecer várias propostas de ensino e estratégias de pesquisa, principalmente em termos de matemática aplicada, estatística e ciência de dados”, afirmou Miranda.
“Acredito que teremos desdobramentos importantes dessa viagem, como programas de cooperação acadêmica e a abertura de possibilidades para intercâmbio de alunos”, acrescentou. “Destaco também a atenção que recebemos da Embaixada do Brasil em Roma, que tem mantido um ótimo relacionamento com a Sociedade Brasileira de Matemática, por meio da organização de eventos conjuntos Brasil-Itália no campo da matemática”, finalizou.
Matéria originalmente publicada no Portal da Unicamp.