Fundada em 1958, a universidade conta com 17 unidades de ensino, somando mais de 26 mil estudantes, dos quais mais de 300 são estrangeiros
Autoria HELENA TALLMANN Edição de imagem PAULO CAVALHERI Fotografia ANTONINHO PERRI
Há um crescente interesse de instituições da China pela América Latina
A coordenadora-geral da Unicamp, Maria Luiza Moretti, recebeu, nesta segunda-feira (1º), uma comitiva da Universidade de Tecnologia Química de Pequim (BUCT, na sigla em inglês) interessada em aprofundar as relações entre as duas instituições. As discussões giraram em torno de temas como o intercâmbio de docentes e discentes, a criação de programas de duplo-diploma e de centros conjuntos de pesquisa e a exploração de novas áreas para colaboração científica.
“Já temos um acordo [assinado] há dez anos [em 2013] e estamos explorando novas possibilidades”, afirmou o presidente da BUCT, Tan Tianwei. Fundada em 1958, a universidade conta com 17 unidades de ensino, somando mais de 26 mil estudantes, dos quais mais de 300 são estrangeiros. Conforme a apresentação feita no evento pelo diretor da Faculdade de Ciências da Vida e Tecnologia da BUCT, Tong Yigang, a instituição chinesa conta com cursos ranqueados entre os melhores do mundo nas áreas de ciências dos materiais, química, engenharia e outras.
Moretti ressaltou o crescente interesse de instituições da China pela América Latina. A coordenadora-geral recebeu, desde novembro do ano passado, cinco delegações chinesas – fruto de um esforço da Diretoria Executiva de Relações Internacionais (Deri) e do Instituto Confúcio na Unicamp. “[Dessas visitas, participaram] universidades com diferentes tópicos e com interesse muito grande de firmar parcerias.” Segundo ela, a Unicamp atrai atenção internacional por possuir “cursos de excelência, alguns entre os cem melhores do mundo, e potencial em temas como energia renovável e sustentabilidade”.
A coordenadora-geral destacou ainda a importância da BUCT, instituição com diversas publicações em revistas acadêmicas de grande reconhecimento e impacto. “É possível que a China, assim como na área comercial, se torne o maior parceiro do Brasil também na ciência e na academia.” Para Moretti, o processo de internacionalização da Unicamp – importante para a expansão e o aprimoramento da qualidade do ensino e da pesquisa – deve investir em disciplinas e cursos de pós-graduação ministrados em inglês. “Isso permite que tanto nossos alunos possam viajar e conhecer outros países, quanto que possamos receber pessoas para aprender a nossa cultura e nossa língua e para divulgar a nossa escola fora do Brasil.”
Pela Unicamp, além da coordenadora-geral, participaram da visita a professora e assessora docente da Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) Ângela Maria Moraes, o diretor associado da Faculdade de Engenharia Química (FEQ), Leonardo Fregolente, e Daniel Sevillano, da Deri. Pela BUCT, também estavam presentes Wang Weiming, diretor da Faculdade de Engenharias Mecânica e Elétrica, Zhao Chun, diretor do Departamento de Assuntos Financeiros, e Zhang Xinsheng, diretor do Departamento de Gestão de Ativos Estatais e Segurança Laboratorial.
Visita aos laboratórios da FEQ
Uma apresentação feita por Fregolente despertou o interesse da delegação chinesa em estreitar laços com a Faculdade de Engenharia Química (FEQ), o que motivou uma visita à unidade logo após a reunião. O diretor associado da FEQ falou sobre oportunidades de parceria acadêmica e de pesquisa, destacando os interesses em comum entre as instituições. Segundo ele, os representantes da BUCT ficaram impressionados com a qualidade das pesquisas realizadas nos laboratórios da faculdade e com as inovações educacionais implementadas.
Notícia originalmente publicada no Portal da Unicamp.