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|Autor: Letícia Suzane Araújo
| Foto: João Paulo Lacal B. Negreiros

A UNICAMP, por meio de sua Diretoria Executiva de Relações Internacionais (DERI) e em parceria com o Centro Universitário da Baviera para América Latina (BAYLAT), sediou, nos dias 27 e 28 de julho, o seminário “Science Diplomacy – A cooperation between Brazil and Bavaria”. O primeiro dia contou com a participação de cerca de 200 pessoas. O evento foi realizado totalmente em inglês e é um dos resultados da missão da UNICAMP para a Alemanha, organizada pela DERI, em setembro de 2022.

O encontro teve como objetivo promover uma discussão sobre o papel da diplomacia científica e da cooperação internacional para a promoção do desenvolvimento e a superação de desafios compartilhados em escala global, possibilitando o diálogo entre cientistas, tomadores de decisão e representantes de instituições de fomento à pesquisa. 

No dia 27, participaram da mesa de abertura, no Centro de Convenções da UNICAMP, o Prof. Dr. Antonio José de Almeida Meirelles, Reitor da UNICAMP;  a Dra. Irma de Melo-Reiners, Diretora Executiva do Baylat, e o Prof. Dr. Osvaldir Pereira Taranto, Diretor Executivo de Relações Internacionais da UNICAMP. 

Após a abertura, ocorreu a palestra “Science Diplomacy: Why do we need science in diplomacy?” ministrada pelo Dr. Rui Vicente Oppermann, Diretor de Relações Internacionais da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). 

O Dr. Rui Vicente Oppermann define diplomacia científica como “o processo pelo qual os Estado representam a si mesmos e seus interesses na arena internacional, quando se trata de áreas do conhecimento – sua aquisição, utilização e comunicação, adquiridas pelo método científico”. A diplomacia científica é cada vez mais essencial para enfrentar a maioria dos desafios globais como problemas climáticos e ambientais. “As tecnologias de informação disponíveis atualmente, a inteligência artificial e o acesso universal à informação representam novas formas de relações internacionais para todas as áreas da ciência e da educação. Como resultado dessa complexidade, a diplomacia científica é uma estratégia chave para os Estados e comunidade científica. É necessária para promover ligações entre a comunidade científica e os tomadores de decisão”, pontuou o Dr. Rui Vicente Oppermann.

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Palestra “Science Diplomacy: Why do we need science in diplomacy?” ministrada pelo Dr. Rui Vicente Oppermann, Diretor de Relações Internacionais da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior)

A Roda de Conversa “The Role of Science in Brazil-Germany Relations?” teve como moderadora a Dra. Claudia Bärmann Bernard, representante da Bavária no Brasil e contou com a participação dos palestrantes Dr. Bernd Forster, chefe do departamento de relações internacionais da Chancelaria do Estado da Baviera; Johannes Wahner, cônsul responsável pela área científica e cultural do Consulado Geral da Alemanha em São Paulo; e Me. Pedro Ivo Ferraz da Silva, diplomata, chefe da seção de ciência, tecnologia e inovação e da seção de cooperação da Embaixada do Brasil em Berlim. 

Na tarde do dia 27, ocorreu a segunda Roda de Conversa, “Science diplomacy in academia: facing new challenges and developing new structures” com moderação do assessor da DERI, Prof. Dr. Alfredo Cesar Barbosa de Melo, e os palestrantes Dra. Ana Maria Carneiro, professora de política científica e tecnológica; e a Dra. Nina Nestler, vice-presidente de internacionalização, igualdade de oportunidades e diversidade da Universidade de Bayreuth.

A última Roda de Conversa, “Science Diplomacy: Showcasing Institutions’ Strategic Role and Best Practice”, teve a participação dos palestrantes: Dr. Euclides Mesquita Neto, membro adjunto do painel de programas especiais e colaboração em pesquisa da FAPESP e representante, secretário do Global Research Council (GRC); Dr. Florence Gauzy Krieger, coordenadora científica da Bavarian Research Alliance GmbH para Quebec/Alberta/International; Dr. Jochen Hellmann, diretor do DAAD no Brasil e diretor do Centro Alemão de Ciência e Inovação (DWIH) em São Paulo; Me. Mariana Ferreira Cardoso Thiele, segunda-secretária, seção de CT&I e cooperação e seção de comércio da ERESP e como moderador, o Dr. Michel Nicolau Netto, diretor associado do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP.

No segundo dia de evento, as atividades aconteceram no Instituto de Geociências (IG) da Unicamp. Foram realizadas mesas redondas entre pesquisadores da Unicamp e da região da Baviera (Alemanha). Participaram neste dia a Dra. Irma de Melo, Diretora Executiva do Baylat; a Dra. Florence Gauzy Krieger, coordenadora científica da Bavarian Research Alliance GmbH para Quebec/Alberta/International; a Dra. Marilda Solon Teixeira Bottesi, assessora especial da pró-reitoria de pesquisa da UNICAMP e membro do Conselho Consultivo da BAYLAT; o Dr. Gustavo Hermínio Salati Marcondes de Moraes, professor na Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp; o Dr. Nicolas Maillard, chefe de relações internacionais da UFRGS; a Dra. Nina Nestler, vice-presidente de internacionalização, igualdade de oportunidades e diversidade da Universidade de Bayreuth, o Dr. Paul Molenda, professor na Hof University; o Dr. Peter Hülse, chefe de estratégia e projetos na Munich Aerospace; o Dr. Peter Zinterhof, do Centro de Supercomputação Leibniz (LRZ) em Munique; o Dr. Reinhart Schwaiberger, diretor administrativo do Centro de Tecnologia para Energia na  University of Applied Sciences em Landshut; a Dra. Susanne Leist, presidente de sistemas de informação na Faculdade de Informática e Ciência de Dados e vice-presidente de digitalização, redes e transferência na Universidade de Regensburg; e o Prof. Dr. Rafael Dias, assessor da Diretoria Executiva de Relações Internacionais da UNICAMP, além de cerca de 30 docentes e pesquisadores da UNICAMP. 

Segundo o Prof. Rafael Dias, tem-se como desdobramento dessas atividades, “o potencial de colaboração em áreas como energias renováveis, sustentabilidade, novos materiais e digitalização na saúde e na indústria”. Ainda de acordo com ele, “tivemos a oportunidade de, nesses dois dias, com palestras e mesas redondas, discutir questões relacionadas à cooperação internacional, internacionalização da pesquisa e do ensino, e a importância da diplomacia científica para as universidades e para os países nas suas agendas de internacionalização”.

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